sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dias Ferreira mal educado e infantil

"Com menos de cinco anos responde-se com birras às contrariedades. Os diálogos com os oponentes são simples. Uma coisa do género: Olha para mim. Não olho! porquê? Porque não gosto de ti. Eu também não gosto de ti. Então vou-me embora. Então vai. Só a mim é que chamas à atenção. Estás é com medo. Medo tens tu. Depois crescemos. Aprendemos a controlar a raiva. Aprendemos a reagir com educação. Ou a ser mais subtis. Treinamos a arte da ironia, do humor. Dirão que é hipocrisia. Talvez seja ela a diferença entre a infância e a vida adulta.

Como sportinguista, teria obrigação de, aqui, aplaudir o comportamento de Dias Ferreira no “Dia Seguinte”, ao abandonar os estúdios da SIC depois de uma troca de palavras com o moderador que, de parte a parte, é dos espetáculos de maior infantilidade a que alguma vez já assisti. Nem numa sala do pré-escolar aquele diálogo seria normal.

Num debate em direto, por vezes a irritação toma conta de nós. Falo por experiência própria. Mas estar na televisão não é estar num café. E o profissionalismo obriga-nos a um extraordinário autocontrolo. Compreendo que a presença de Gomes da Silva, um primário faccioso que tira a paciência a um santo, não seja fácil de tolerar. Mas isso resolve-se, se se torna intolerável, abandonando o programa fora do estúdio. Compreendo que a exigência de Paulo Garcia, como se estivesse a falar com um miúdo, é difícil de engolir em seco por homem de cabelos brancos. Mas a isso responde-se com presença de espírito e humor. Bem sei que o futebol é um escape que nos permite a irracionalidade que noutros assuntos nos está interdita. Mas até neste campeonato há limites para a infantilidade. No dia das mentiras parece ter ficado provado que é impossível dois adultos discutirem futebol sem regredirem na sua idade mental." by daniel oliveira

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